natura, jamiroo, mariachi, eskinado e conterrâneos


lembram-se quando pedimos às pessoas que nos enviassem textos sobre o dia dos namorados?



adenda:

(este foi o texto escrito pelo eskinado, publicado orginalmente às dez horas e nove minutos, de um sábado dia catorze de fevereiro de dois mil e quatro)

"Pois é, o AMOR! Tenho visto muita gente falar de amor por este dia! Mas este dia quanto a mim não é de amor! É o dia dos namorados e quantos de nós já namoraram sem amor? E quantas vezes isso aconteceu? E durante esses namoricos quantos de nós chegaram ao dia 14 de Fevereiro e nem sequer ponderaram essa hipótese de amar durante a procura de uma prenda especial para o dia dos namorados?

Eu não tenho muito a dizer sobre este tema, mas por favor, antes de comprarem uma prenda para este dia pensem se realmente o AMOR existe no meio da vossa relação! Se não estão a ficar mais pobres (as prendas estão caras) por razão nenhuma! Se querem sexo, (atenção que vou ser curto e grosso) VÃO ÀS .... (vocês sabem do que é que eu estou a falar)"

as reticências *redux


(escrito originalmente às quatro e quarenta e cinco da manhã, de uma sexta feira dia vinte e três de dezembro do ano de dois mil e três)

As reticências serão, porventura, o "artifício" literário que mais me fascina e perturba. Não há nada (ou quase nada) que me faça vacilar ou ponderar tudo e questionar tudo, como umas reticências que se põem assim, como quem não quer a coisa, com a aparente apraxia do que significam ou podem significar ou do que transmitem...

Há situações em que as reticências se justificam e impõem, por motivos meramente literários; outras há, em que o sentido das reticências é óbvio e simples e claro e mais nada. E depois há as outras situações. Em que um ponto final chegava perfeitamente, em que até a falta de qualquer pontuação não seria de criticar, uma vírgula vá lá... agora umas reticências? Para quê? E porquê? Há alguma razão especial? Ou simplesmente, porque sim?

Uma vez, conversava eu com ela, clarifiquei todo o porquê desta minha inquietação em relação às reticências; ela escrevia insistentemente com reticências, frases curtas e sucintas, que não clamavam por reticências nem tão pouco as mendigavam baixinho... e isso perturbava-me... estariam lá as reticências por alguma razão? Estaria ela consciente do poder embutido de umas reticências? E perguntei-lhe... "porquê essas reticências?"

A resposta, de tão paupérrima que foi, só demonstrava o parco conhecimento que ela tinha das reticências, companheiras de mil noites agarrado à pena com uma mão, e agarrado ao coração com a outra. Tudo aquilo insultuoso... não? Mas deixando a personagem de lado, que mais respeito não merecia senão esse, o do confinante desprezo a que a remeti, aproveitei uma frase solta, a saber: as reticências não são nada.

É isso mesmo.

As reticências fascinam-me e perturbam-me, porque não são nada. São tudo!! Quando escrevemos umas reticências, não escrevemos palavra nenhuma... ali, naquele espacinho diminuto, de três pontinhos apenas, estão todas as possibilidades do mundo. Quando se lêem umas reticências, que parecem desajustadas de todo o discurso, ali, naquele sítio, podemos ler tudo... tudo mesmo... todas as palavras que queremos e gostaríamos efectivamente de ler, escritas por quem gostaríamos que fossem escritas, mas também todas as palavras que temos medo e receio que fossem escritas, por quem uma vez se lembrou de lá escrever um dia ". . ."...

sucedimento de gatitos sucedâneos










está dito


mesas de café *redux


(escrito originalmente à uma e cinquenta e seis da manhã, de uma terça-feira dia dez de fevereiro de dois mil e quatro)

Uma mulher olha perdida, desvanece-se a pouco e pouco, mistura-se com a neblina lá fora. Papéis, açúcar, garrafas vazias e semi-vazias, despojos do momento ali. Uma gargalhada sonante, um sorriso que responde. Um rapaz que espera, ansioso, treme nervoso. A rapariga atrás, de costas, sentada, que espera, ansiosa, treme nervosa. Um velho, agarrado ao copo, sente a vida passar por ele, tenta iludir-se com o tinto e enganar a morte. O copo é a certeza de outro dia, o que o faz lembrar-se que não morreu ainda (não, já não sente, o sentir é passado, e esse já não volta mais). As crianças comem bolos, os pais embevecidos amam-se. Um jornal, uma caneta, as palavras cruzadas. Nome de poeta? "Ary".

Mesas de café.

(suposto) podcast Fora-de-Prazo #5


o nosso "amigo", o gonçalves, fã número 1 do podcast


(suposto) Podcast Fora-de-Prazo #4


Avante, avante p'lo Benfica!




"Todos por um!" eis a divisa,
Do velho Clube Campeão,
Que um nobre esforço imortaliza,
Em gloriosa tradição.

Olhando altivo o seu passado,
Pode ter fé no seu futuro.
Pois conservou imaculado
Um ideal sincero e puro.

REFRÃO
Avante, avante p'lo Benfica,
Que uma aura triunfante Glorifica!
E vós, ó rapazes, com fogo sagrado,
Honrai agora os ases
Que nos honraram o passado!

Olhemos fitos essa Águia altiva,
Essa Águia heráldica e suprema,
Padrão da raça ardente e viva,
Erguendo ao alto o nosso emblema!

Com sacrifício e devoção
Com decisão serena e calma,
Dêmos-lhe o nosso coração!
Dêmos-lhe a fé, a alma!

letra: Félix Bermudes
música: Alves Coelho
Interpretação do Orfeão Sport Lisboa e Benfica

Composto por ocasião do vigésimo quinto aniversário do Clube (1929) e censurado a Ditadura Fascista em 1942.

A 16 de Abril de 1953 foi apresentado num sarau de angariação de fundos para a construção do Estádio da Luz, no Pavilhão dos Desportos, com a presença de cerca de 6 mil benfiquistas o tema "Ser Benfiquista" escrito por Paulino Gomes Júnior (letra e música) e interpretado pelo cristalino tenor Luís Piçarra, muitas vezes tomado, erradamente, pelo hino oficial do Clube.

trapalhona


a enfermidade persegue-me, transtorna-me na minha insanidade corporal. rejeito-a, mas parece acelerar nas curvas sem prejuízo. a salubridade é o demónio!

blog menos multimédia


hoje comi sopa numa saladeira. como ficou no fundo, soube-me a pouca. mas comi toda!

rise up!


Cypress Hill "Rise Up" music video from Syndrome on Vimeo.

(suposto) Podcast Fora-de-Prazo #2


faço me entender?!


JACQUES: The Sports Issue, Trailer 2. from Jacques Magazine on Vimeo.

rymdreglage


 
naturalmente

a tasca . a natureza do mal . little black spot . sofrível ridículo . e deus criou a mulher . the sartorialist . menina limão . mariana, a miserável . pescada número cinco . sombras errantes . espiral medula . theoria poiesis praxis . a causa foi modificada . corpo dormente . o piston é a cabeça do homem . cinema xunga . royale with cheese . cine clube viseu . atum bisnaga . sardinha niska . french kissin' . charutos cubanos . if charlie parker was a gunslinger, there'd be a whole lot of dead copycats . post secret . learn something every day . the perry bible fellowship

| fora de prazo. amo-te benfica