a vida coloca-nos questões pertinentes a todo o momento. umas mais determinantes, outras menos. mas são, todas elas e sem inexorável excepção, pertinentes. os caminhos e desvios são tantos, que o indivíduo só pode viver ansioso e deprimido; isto é, se tiver a plena consciência que tão improrrogável e castradora como a morte, só essa escolha constante do passo seguinte que se dá.
a cada segundo escolhemos ser uma de infinitas possibilidades, só uma, e deixamos para trás tantas outras opções boas ou melhores (ou piores - o que nunca temos em conta, é verdade, mas é intrínseco ao Homem o optimismo fantasioso do que viria e o pessimismo recorrente e brando do advento; principalmente no que respeita à conduta do indivíduo, individualmente, claro está). a lipemania é maior face à assunção consciente que a trilheira que se segue é (da) nossa inteira responsabilidade, unilateral.
e assim segue o homem. o meu apelo é que nunca soneguemos a nós próprios a possibilidade de ser felizes, e que isso passe necessariamente por não nos refastelarmos na puta da ignorância, na voragem do ócio e no medo de não virmos a ser o que nunca fômos. ajoelhar e sucumbir à contrição não é mais que querer sobreviver, à bruta, como as bestas. é sucumbir aos que ainda nos querem como as bestas, obedientes e individualistas, parvos e estéreis, inócuos e febris. e que nos querem de joelhos, vergastados, quebrados, até ao fim dos tempos.
2 comentários:
o globo, oval ou esferico, devia ler este texto.
pessoa de bem.
"talvez sejamos analfabetos emocionais, e esta seja a nossa forma rustica de nos expressarmos"
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