aviso ao mundo
escrito por harness terça-feira, 23 de março de 2010 às 00:30 7 comentários:mundo:
um dia vais estar em chamas e a cair de podre e aos bocados, as pessoas a correr desenfreadamente de um lado para o outro; umas confessando pecados, outras a foder fodas de misericórdia. as tuas cidades estarão todas em chamas, sem excepção, e as aldeias serão engolidas por abismos incríveis. o caos vai reinar. e enquanto tudo isso estiver a acontecer, eu, o gonçalves, o guilha e o leite, vamos estar em cima dos destroços (os três primeiros travestidos a stephen malkmus, o último de bob nastarovich) a tocar esta melodia com toda a cartomância, campeões do mundo, reis da selva, masters do universo.
chupa.
um dia vais estar em chamas e a cair de podre e aos bocados, as pessoas a correr desenfreadamente de um lado para o outro; umas confessando pecados, outras a foder fodas de misericórdia. as tuas cidades estarão todas em chamas, sem excepção, e as aldeias serão engolidas por abismos incríveis. o caos vai reinar. e enquanto tudo isso estiver a acontecer, eu, o gonçalves, o guilha e o leite, vamos estar em cima dos destroços (os três primeiros travestidos a stephen malkmus, o último de bob nastarovich) a tocar esta melodia com toda a cartomância, campeões do mundo, reis da selva, masters do universo.
chupa.
porquê?
escrito por harness segunda-feira, 22 de março de 2010 às 18:55 1 comment
eu hoje vi coisas terríveis
cabrão
escrito por harness às 15:15 0 comments
"o inferno são os casais amigos, já dizia o nietzsche"
..
escrito por Moelas quarta-feira, 17 de março de 2010 às 22:34 0 comments
sou uma casca de noz
.emptiness is killing me.
.emptiness is killing me.
destroy team
escrito por harness terça-feira, 16 de março de 2010 às 19:49 0 comments
levar todo o propósito a sério, não nos levarmos a nós próprios tão a sério.
educação sentimental
escrito por harness domingo, 14 de março de 2010 às 22:47 1 commenti love us
escrito por harness sexta-feira, 12 de março de 2010 às 23:38 6 comentários:todo o amor, seja ele literário ou não, devia ser consumado entre pessoas de nome joel barish ou clementine kruczynski.
(mas antes de mais, tem graça escrever "amor" e falar de... amor. reparem que na frase supra-situada, onde se lê "todo o amor", esteve antes escrito "todo o amor perfeito" e ainda "todo o amor bom". como não sei o que é isto de amor, não quero também empurrar ninguém para nenhum lado - isto não é um cartão do dia dos namorados: "today is a holiday invented by greeting card companies to make people feel like crap")
(depois, de todas as coisas que vivo e registo, nenhuma delas tem a ver com o amor, definição larousse, IX edição traduzida. há merdas muito mais interessantes e palpáveis e reais, escritas em cadernos)
se pararem este vídeo no primeiro segundo, no absoluto primeiro segundo, reparem nas palavras "eternal sunshine of the spotless mind" no canto inferior esquerdo, e no joel barish a todo o comprimento. mas abstraiam-se disso, porque do que vos quero falar é das gotas de chuva nos vidros do carro, e dos primeiros acordes que os acompanham. podem também reparar nas luzes da cidade. quando era pequeno, aquilo é o que significava o amor, para mim. o frio e os tons de cinza, e estar todo agasalhado e reparar nos padrões que as gotas formavam, e de como as luzes passavam por mim (ainda que ténues) e eu sofria, sofria por amor. sofria, e hoje não sofro assim. hoje sei que não há amor, mas naquele tempo eu andava agasalhado, protegido pela barba a todo o redor dos contornos da minha face, e sofria, sofria uma agonia tão boa como quatro acordes desgovernados e fora de tom que produzem a melodia mais viciante e esgotante do mundo.
talvez naquele tempo sofresse por sentir que algures havia um "amor", tão trágico quanto suculento, e que eu não o tinha ali, naquele momento. penso que fosse isso, mas talvez fosse outra coisa qualquer - é uma das vantagens do materialismo dialético, não entender o presságio e hoje poder excluir esse termo do extenso rol de possibilidades. isto não interessa nada. mas da mesma forma que joel barish corre desenfreadamente e, a dada altura, em pânico, contra o desaparecimento de todas as memórias de uma bela mulher, da mulher summer, da mulher amor, as minhas memórias foram morrendo mas eu não corri e nem sequer me apercebi. (talvez memórias, mas definitivamente todo o amor). no fim do filme, todas as memórias de joel desaparecem, o que efectivamente acontece quase sempre por causa de uma bela mulher. em mim desapareceu todo o amor, a expectativa de carinho onírico, a recompensa do afecto e da ternura como tecidos generosos de calor numa noite gelada. penso que aconteceu porque cresci. mas o mais certo é por ter esquecido uma boa mulher.
(mas antes de mais, tem graça escrever "amor" e falar de... amor. reparem que na frase supra-situada, onde se lê "todo o amor", esteve antes escrito "todo o amor perfeito" e ainda "todo o amor bom". como não sei o que é isto de amor, não quero também empurrar ninguém para nenhum lado - isto não é um cartão do dia dos namorados: "today is a holiday invented by greeting card companies to make people feel like crap")
(depois, de todas as coisas que vivo e registo, nenhuma delas tem a ver com o amor, definição larousse, IX edição traduzida. há merdas muito mais interessantes e palpáveis e reais, escritas em cadernos)
se pararem este vídeo no primeiro segundo, no absoluto primeiro segundo, reparem nas palavras "eternal sunshine of the spotless mind" no canto inferior esquerdo, e no joel barish a todo o comprimento. mas abstraiam-se disso, porque do que vos quero falar é das gotas de chuva nos vidros do carro, e dos primeiros acordes que os acompanham. podem também reparar nas luzes da cidade. quando era pequeno, aquilo é o que significava o amor, para mim. o frio e os tons de cinza, e estar todo agasalhado e reparar nos padrões que as gotas formavam, e de como as luzes passavam por mim (ainda que ténues) e eu sofria, sofria por amor. sofria, e hoje não sofro assim. hoje sei que não há amor, mas naquele tempo eu andava agasalhado, protegido pela barba a todo o redor dos contornos da minha face, e sofria, sofria uma agonia tão boa como quatro acordes desgovernados e fora de tom que produzem a melodia mais viciante e esgotante do mundo.
talvez naquele tempo sofresse por sentir que algures havia um "amor", tão trágico quanto suculento, e que eu não o tinha ali, naquele momento. penso que fosse isso, mas talvez fosse outra coisa qualquer - é uma das vantagens do materialismo dialético, não entender o presságio e hoje poder excluir esse termo do extenso rol de possibilidades. isto não interessa nada. mas da mesma forma que joel barish corre desenfreadamente e, a dada altura, em pânico, contra o desaparecimento de todas as memórias de uma bela mulher, da mulher summer, da mulher amor, as minhas memórias foram morrendo mas eu não corri e nem sequer me apercebi. (talvez memórias, mas definitivamente todo o amor). no fim do filme, todas as memórias de joel desaparecem, o que efectivamente acontece quase sempre por causa de uma bela mulher. em mim desapareceu todo o amor, a expectativa de carinho onírico, a recompensa do afecto e da ternura como tecidos generosos de calor numa noite gelada. penso que aconteceu porque cresci. mas o mais certo é por ter esquecido uma boa mulher.
um profeta, gonçalves, um profeta!
escrito por harness sexta-feira, 5 de março de 2010 às 01:13 1 comment
pessoas que vão sozinhas ver bons filmes ao cinema, deviam sair de lá juntas.
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