e agora um post engraçado


4 garrafas que resumem a vida

partly cloudy, chance of rain




a lei de murphy, aquela que diz que se as merdas puderem correr mal é porque vão correr mal de certeza e da pior maneira possível, não é apenas um mito. é um dogma científico tão recorrente na minha vida que dela já tenho o grau de mestre.

mas como eu sou um optimista convicto e praticante, prevejo períodos de chuva intensa mas com boas abertas nos entretantos. valha-me a amizadezita...

gostei


bem

tempo




és janela cada vez mais aberta, por onde o vento sopra. e a brisa amena

(que ninguém dava por ela)

é agora rajada trespassante, de ar gélido e cortante, filho da puta sem maneiras que me adormece numa doce turbulência, progressivamente, até definhar e cair como a folha perene.

harness vai para as áfricas


sabes quem fica a ganhar? as áfricas.

ppl da cena


XENU


...

nunca digas não ao pandita


só para que saibam:


o rei está morto, viva o rei


a notícia do dia de hoje é do endividamento português.

não se pode virar a cara para um jornal, uma rádio ou televisão que somos logo bombardeados com o ritmo do crescimento da dívida, numa tentativa de provocar a histeria colectiva que culmina sempre no seguinte corolário: os malvados dos funcionários públicos e dos pensionistas ainda vão receber o subsídio de natal e... txaran!: pedro passos coelho apresenta alterações constitucionais para solucionar a crise.

MAS não há uma única peça que faça a ligação ao real: este crescimento do endividamento é fruto das políticas de direita que tanto o PS como o PSD têm aplicado (nomeadamente com o PEC), cujos resultados são prejudiciais ao país, nomeadamente no que toca aos trabalhadores e aos jovens no geral. tal como o PCP sempre alertou.

resposta do Governo: se estas medidas que aplicámos têm como consequência o endividamento do país, a solução é... aplicar MAIS medidas de direita, com consequências iguais ou piores. aposto um leitão e uma grade de minis como se preparam para anunciar o fim do 13º mês...

dia 29 de setembro todos à manifestação! contra o desemprego e as injustiças, só a luta é o caminho!

sou agricultor




ontem fui cultivar-me.

não obstante ter ido ao centro cultural de belém no sábado, achei por bem ir de esguelha contra uma overdose de coisas do intelecto. fui ver então o pontapé de saída das sessões da terça-feira do cineclube, corporizado no filme "as ervas daninhas" (ou "les herbes folles", como dizem os franceses e os maricas), do alain resnais, um francês que está velho e que filma como se cada plano tivesse que ser uma punheta com orgasmo, visto estar a aproximar-se do fim da linha e, claramente, ainda ter muitos orgasmos na quota da vida por preencher. isto reflecte-se ao longo de todo o filme pois cada cena tem um enquadramento do caraças e um novo truque visual arrebatador, mas em termos de conteúdo aproxima-se do nada, e assim vai de cena em cena, recomeçando sempre onde tinha ficado... do zero.

a estória até tinha uma premissa interessante, qualquer coisa como "mulher perde carteira, homem encontra carteira, homem fica obcecado com mulher da carteira e nasce um amor improvável e absurdo" mas o filme é tão lento, tão cheio de forma e tão vazio de substância, que um gajo fica até ao fim do filme a pensar porque é que se sentou ao lado do presidente do cineclube, em vez de estar agora a jogar snake no telemóvel, a dormir uma soneca ou a fugir pela porta dos fundos em direcção à bica de cerveja mais próxima.

outra coisa que me fez confusão foi a escolha dos actores; pelo menos os dois actores principais têm mais vinte ou trinta anos de idade do que as personagens que interpretam, o que, entre outras coisas, fez com que eu estivesse metade do filme a pensar que a relação entre pai e filha era muito suspeita, quando afinal de contas aquilo era um casal de marido e mulher. mas ou o marido era muito velho (que era) ou a mulher muito nova, não consegui deixar de pensar que, quando o marido diz que está casado há trinta anos, a pedofilia na frança deve estar em altas pois o gajo quase de certezinha que se casou quando a mulher tinha dez anos de idade. mama carlos cruz.

para terminar, um parágrafo que não é meu mas diz tudo: «a gota que faz transbordar o copo é a última cena - saída do nada, uma criança pergunta à mãe: "quando for gato posso comer croquetes?". felizmente o filme termina logo de seguida, porque não é fácil continuar na sala após uma coisa destas. se fosse mais jovem, diria que resnais andava metido nos ácidos.»


a meio do caminho, perdeu-se




à hora que escrevo isto já os teus olhos cansados pousam sobre a terra. de todas as vezes que te adormeci, nenhuma foi encarada suficientemente como a derradeira, para que pudesse deliciar-me como se da despedida final se tratasse. no fundo, era um adiar; no fundo... era uma falsa garantia.

às vezes lembro-me de como eram: as tuas mãos, de sulcos desenhados pelo tempo e pelo trabalho, serenados pelo toque das minhas; os teus dedos, que pareciam só ganhar sentido entrelaçados nos meus; as tuas pernas, a mais indecifrável trama de gozo e do prazer. o teu corpo era um autêntico gatilho pornográfico; e as tuas mamas, fartas e estóicas, impunham-se cruelmente como a última fronteira do advir devasso do teu sexo. foder-te era kafkiano.


excepto para mim. só eu sabia ao que ia e quem tu eras. talvez por isso nos tenhamos separado. porque tu esforçavas-te para foder mas comigo só sabias fazer amor. se ao menos soubesse que morrias, tinha-te amado a tempo e horas.

café


darias de comer a wayne rooney?


à imagem da selecção, este blog está em piloto automático. o que felizmente não faz diferença a ninguém - excepto se a vida de ninguém estiver toda txupadita, o que são outros cinco paus.

de qualquer maneira, registo um episódio. há mais de uma dezena de anos atrás, um rapazito que conheço resolveu, destemido e vanguardista, enfiar bolachas maria em tudo o que era ranhura de material tecnológico lá de casa: na drive de disquetes do schneider 386 (seis megahertz de velocidade de cpu, quinhentos e doze kápa de ram), no vídeogravador, no rebobinador de cassetes, nas pequenas ranhuras dos altifalantes de rádios e televisões. na altura talvez ninguém tivesse dado o crédito suficiente a tamanha proeza, nem preconizado o que estaria a caminho num futuro (então) distante. hoje esse míudo entrou em electrotécnica e é meu desejo que os laboratórios do pólo dois possam estar todos recheadinhos de bolacha maria, dónuts, gomas e, quiçà, uns salgadinhos, com toda a classe.

parabéns mano!



pediu salame e recusaram-lho

a lara li aguenta-se à bomboca com o teu cão


si


sensível

mas qual a estrutura do sino?


porque é que castores te alimentaram já


também sei postar multimédia


pow! right in the kisser

acabou o medo das palavras, fora com os limites ZING


violação, tu queres


tornozelo alado de senhor


sábadábadú


banca de petazetas


cebolas em campo de fritos


vingança do gatildo


bichinho aguarraze


olá pessoas


viva. depois de no último mês ter perdido duas vezes as chaves de casa e do trabalho (a última vez, de maneira irreversível) e o telemóvel, chegou a vez da minha pen de internet ter ido passear para parte incerta. a modos que, consequentemente, em vez de escrever textos no blog escrevo-os na parte de trás de bilhetes da rede expressos e da joalto, que aguardam pacientemente na fila para entrar aqui no sítio.

MAS,

há coisas que um homem tem que expressar e gritar ao mundo, de tão imprescindíveis e pertinentes que são. hoje sucedeu-se uma dessas coisas.

estava eu a almoçar, quando na televisão um homem (um senhor amigo da serra da estrela, daqueles mais amigos que eu ou tu porque ele sim é oficial e tem quotas em dia) proclama, em referência ao combate das enxurradas de verão (fenómeno, como o ronaldo), que é necessário cortar os arbustos à MACHADADA... corrigindo logo de seguida para "com enxadas", que é como quem diz: à ENXAXADA.

ora bem meus amigos, aquilo não foi um mero lapsus linguae (também sou doutor): aquilo foi um desejo suculento de um verdadeiro Homem, assim mesmo com agá grande! o brilho ardente nos olhos e a destreza com que a língua esgrimou "à MACHADADA" só acrescentam certeza ao valor acrescentado que um machado representa na vida de um indivíduo. para um homem, todas as situações são boas e ideais para usar um machado ou uma caçadeira: falta colher para mexer o café? machado resolve. é preciso mudar uma lâmpada? machado resolve. engarrafamento na ponte? MACHADADA com ele.

a ideia com que fiquei da peça jornalística é que a associação de amigos da serra da estrela deve ser constituída por pessoas que não percebem nada de viver em sociedade, ou por meninos imberbes cuja pilosidade fraquinha e aloirada é demonstrativa da falta do saber de experiência feito e que, por isso mesmo, censuram um verdadeiro homem quando este é posto à prova pela vida. faço ideia dos olhares reprovadores lançados no momento da expressão "à MACHADADA", tão pueris quanto assustadores, que fizeram o senhor amigo voltar atrás na palavra e corrigir para o chamado "politicamente correcto". mas isso as televisões não passam!

SANTÍSSIMO MILAGRE

o melhor entre os enchidos


bebe e cala - dizia pessoa


tão cedo passa tudo quanto passa

tão cedo passa tudo quanto passa!
morre tão jovem ante os deuses quanto
morre! Tudo é tão pouco!
Nada se sabe, tudo se imagina.
Circunda-te de rosas, ama, bebe
E cala. o mais é nada.

ricardo reis, in "odes"
Heterónimo de fernando pessoa

quem lembra do wildfire?


 
naturalmente

a tasca . a natureza do mal . little black spot . sofrível ridículo . e deus criou a mulher . the sartorialist . menina limão . mariana, a miserável . pescada número cinco . sombras errantes . espiral medula . theoria poiesis praxis . a causa foi modificada . corpo dormente . o piston é a cabeça do homem . cinema xunga . royale with cheese . cine clube viseu . atum bisnaga . sardinha niska . french kissin' . charutos cubanos . if charlie parker was a gunslinger, there'd be a whole lot of dead copycats . post secret . learn something every day . the perry bible fellowship

| fora de prazo. amo-te benfica