4 garrafas que resumem a vida
e agora um post engraçado
escrito por El Mariachi quinta-feira, 30 de setembro de 2010 às 00:01 8 comentários:partly cloudy, chance of rain
escrito por El Mariachi quarta-feira, 29 de setembro de 2010 às 23:19 3 comentários:mas como eu sou um optimista convicto e praticante, prevejo períodos de chuva intensa mas com boas abertas nos entretantos. valha-me a amizadezita...
tempo
escrito por harness às 01:30 10 comentários:és janela cada vez mais aberta, por onde o vento sopra. e a brisa amena
(que ninguém dava por ela)
é agora rajada trespassante, de ar gélido e cortante, filho da puta sem maneiras que me adormece numa doce turbulência, progressivamente, até definhar e cair como a folha perene.
harness vai para as áfricas
escrito por harness segunda-feira, 27 de setembro de 2010 às 21:26 1 comment
sabes quem fica a ganhar? as áfricas.
nunca digas não ao pandita
escrito por harness quarta-feira, 22 de setembro de 2010 às 18:06 2 comentários:o rei está morto, viva o rei
escrito por harness quinta-feira, 16 de setembro de 2010 às 17:55 0 commentsa notícia do dia de hoje é do endividamento português.
não se pode virar a cara para um jornal, uma rádio ou televisão que somos logo bombardeados com o ritmo do crescimento da dívida, numa tentativa de provocar a histeria colectiva que culmina sempre no seguinte corolário: os malvados dos funcionários públicos e dos pensionistas ainda vão receber o subsídio de natal e... txaran!: pedro passos coelho apresenta alterações constitucionais para solucionar a crise.
MAS não há uma única peça que faça a ligação ao real: este crescimento do endividamento é fruto das políticas de direita que tanto o PS como o PSD têm aplicado (nomeadamente com o PEC), cujos resultados são prejudiciais ao país, nomeadamente no que toca aos trabalhadores e aos jovens no geral. tal como o PCP sempre alertou.
resposta do Governo: se estas medidas que aplicámos têm como consequência o endividamento do país, a solução é... aplicar MAIS medidas de direita, com consequências iguais ou piores. aposto um leitão e uma grade de minis como se preparam para anunciar o fim do 13º mês...
dia 29 de setembro todos à manifestação! contra o desemprego e as injustiças, só a luta é o caminho!
sou agricultor
escrito por harness quarta-feira, 15 de setembro de 2010 às 16:47 2 comentários:ontem fui cultivar-me.
não obstante ter ido ao centro cultural de belém no sábado, achei por bem ir de esguelha contra uma overdose de coisas do intelecto. fui ver então o pontapé de saída das sessões da terça-feira do cineclube, corporizado no filme "as ervas daninhas" (ou "les herbes folles", como dizem os franceses e os maricas), do alain resnais, um francês que está velho e que filma como se cada plano tivesse que ser uma punheta com orgasmo, visto estar a aproximar-se do fim da linha e, claramente, ainda ter muitos orgasmos na quota da vida por preencher. isto reflecte-se ao longo de todo o filme pois cada cena tem um enquadramento do caraças e um novo truque visual arrebatador, mas em termos de conteúdo aproxima-se do nada, e assim vai de cena em cena, recomeçando sempre onde tinha ficado... do zero.
a estória até tinha uma premissa interessante, qualquer coisa como "mulher perde carteira, homem encontra carteira, homem fica obcecado com mulher da carteira e nasce um amor improvável e absurdo" mas o filme é tão lento, tão cheio de forma e tão vazio de substância, que um gajo fica até ao fim do filme a pensar porque é que se sentou ao lado do presidente do cineclube, em vez de estar agora a jogar snake no telemóvel, a dormir uma soneca ou a fugir pela porta dos fundos em direcção à bica de cerveja mais próxima.
outra coisa que me fez confusão foi a escolha dos actores; pelo menos os dois actores principais têm mais vinte ou trinta anos de idade do que as personagens que interpretam, o que, entre outras coisas, fez com que eu estivesse metade do filme a pensar que a relação entre pai e filha era muito suspeita, quando afinal de contas aquilo era um casal de marido e mulher. mas ou o marido era muito velho (que era) ou a mulher muito nova, não consegui deixar de pensar que, quando o marido diz que está casado há trinta anos, a pedofilia na frança deve estar em altas pois o gajo quase de certezinha que se casou quando a mulher tinha dez anos de idade. mama carlos cruz.
para terminar, um parágrafo que não é meu mas diz tudo: «a gota que faz transbordar o copo é a última cena - saída do nada, uma criança pergunta à mãe: "quando for gato posso comer croquetes?". felizmente o filme termina logo de seguida, porque não é fácil continuar na sala após uma coisa destas. se fosse mais jovem, diria que resnais andava metido nos ácidos.»
a meio do caminho, perdeu-se
escrito por harness terça-feira, 14 de setembro de 2010 às 03:07 2 comentários:à hora que escrevo isto já os teus olhos cansados pousam sobre a terra. de todas as vezes que te adormeci, nenhuma foi encarada suficientemente como a derradeira, para que pudesse deliciar-me como se da despedida final se tratasse. no fundo, era um adiar; no fundo... era uma falsa garantia.
às vezes lembro-me de como eram: as tuas mãos, de sulcos desenhados pelo tempo e pelo trabalho, serenados pelo toque das minhas; os teus dedos, que pareciam só ganhar sentido entrelaçados nos meus; as tuas pernas, a mais indecifrável trama de gozo e do prazer. o teu corpo era um autêntico gatilho pornográfico; e as tuas mamas, fartas e estóicas, impunham-se cruelmente como a última fronteira do advir devasso do teu sexo. foder-te era kafkiano.
excepto para mim. só eu sabia ao que ia e quem tu eras. talvez por isso nos tenhamos separado. porque tu esforçavas-te para foder mas comigo só sabias fazer amor. se ao menos soubesse que morrias, tinha-te amado a tempo e horas.
darias de comer a wayne rooney?
escrito por harness às 12:28 0 commentsà imagem da selecção, este blog está em piloto automático. o que felizmente não faz diferença a ninguém - excepto se a vida de ninguém estiver toda txupadita, o que são outros cinco paus.
de qualquer maneira, registo um episódio. há mais de uma dezena de anos atrás, um rapazito que conheço resolveu, destemido e vanguardista, enfiar bolachas maria em tudo o que era ranhura de material tecnológico lá de casa: na drive de disquetes do schneider 386 (seis megahertz de velocidade de cpu, quinhentos e doze kápa de ram), no vídeogravador, no rebobinador de cassetes, nas pequenas ranhuras dos altifalantes de rádios e televisões. na altura talvez ninguém tivesse dado o crédito suficiente a tamanha proeza, nem preconizado o que estaria a caminho num futuro (então) distante. hoje esse míudo entrou em electrotécnica e é meu desejo que os laboratórios do pólo dois possam estar todos recheadinhos de bolacha maria, dónuts, gomas e, quiçà, uns salgadinhos, com toda a classe.
parabéns mano!
de qualquer maneira, registo um episódio. há mais de uma dezena de anos atrás, um rapazito que conheço resolveu, destemido e vanguardista, enfiar bolachas maria em tudo o que era ranhura de material tecnológico lá de casa: na drive de disquetes do schneider 386 (seis megahertz de velocidade de cpu, quinhentos e doze kápa de ram), no vídeogravador, no rebobinador de cassetes, nas pequenas ranhuras dos altifalantes de rádios e televisões. na altura talvez ninguém tivesse dado o crédito suficiente a tamanha proeza, nem preconizado o que estaria a caminho num futuro (então) distante. hoje esse míudo entrou em electrotécnica e é meu desejo que os laboratórios do pólo dois possam estar todos recheadinhos de bolacha maria, dónuts, gomas e, quiçà, uns salgadinhos, com toda a classe.
parabéns mano!
pediu salame e recusaram-lho
a lara li aguenta-se à bomboca com o teu cão
escrito por harness sábado, 11 de setembro de 2010 às 23:59 2 comentários:mas qual a estrutura do sino?
escrito por harness sexta-feira, 10 de setembro de 2010 às 23:59 0 commentsporque é que castores te alimentaram já
escrito por harness quinta-feira, 9 de setembro de 2010 às 23:59 1 commentacabou o medo das palavras, fora com os limites ZING
escrito por harness quarta-feira, 8 de setembro de 2010 às 23:59 0 commentstornozelo alado de senhor
escrito por harness segunda-feira, 6 de setembro de 2010 às 23:59 0 commentscebolas em campo de fritos
escrito por harness sexta-feira, 3 de setembro de 2010 às 23:59 2 comentários:olá pessoas
escrito por harness às 16:36 2 comentários:viva. depois de no último mês ter perdido duas vezes as chaves de casa e do trabalho (a última vez, de maneira irreversível) e o telemóvel, chegou a vez da minha pen de internet ter ido passear para parte incerta. a modos que, consequentemente, em vez de escrever textos no blog escrevo-os na parte de trás de bilhetes da rede expressos e da joalto, que aguardam pacientemente na fila para entrar aqui no sítio.
MAS,
há coisas que um homem tem que expressar e gritar ao mundo, de tão imprescindíveis e pertinentes que são. hoje sucedeu-se uma dessas coisas.
estava eu a almoçar, quando na televisão um homem (um senhor amigo da serra da estrela, daqueles mais amigos que eu ou tu porque ele sim é oficial e tem quotas em dia) proclama, em referência ao combate das enxurradas de verão (fenómeno, como o ronaldo), que é necessário cortar os arbustos à MACHADADA... corrigindo logo de seguida para "com enxadas", que é como quem diz: à ENXAXADA.
ora bem meus amigos, aquilo não foi um mero lapsus linguae (também sou doutor): aquilo foi um desejo suculento de um verdadeiro Homem, assim mesmo com agá grande! o brilho ardente nos olhos e a destreza com que a língua esgrimou "à MACHADADA" só acrescentam certeza ao valor acrescentado que um machado representa na vida de um indivíduo. para um homem, todas as situações são boas e ideais para usar um machado ou uma caçadeira: falta colher para mexer o café? machado resolve. é preciso mudar uma lâmpada? machado resolve. engarrafamento na ponte? MACHADADA com ele.
a ideia com que fiquei da peça jornalística é que a associação de amigos da serra da estrela deve ser constituída por pessoas que não percebem nada de viver em sociedade, ou por meninos imberbes cuja pilosidade fraquinha e aloirada é demonstrativa da falta do saber de experiência feito e que, por isso mesmo, censuram um verdadeiro homem quando este é posto à prova pela vida. faço ideia dos olhares reprovadores lançados no momento da expressão "à MACHADADA", tão pueris quanto assustadores, que fizeram o senhor amigo voltar atrás na palavra e corrigir para o chamado "politicamente correcto". mas isso as televisões não passam!
o melhor entre os enchidos
escrito por harness quarta-feira, 1 de setembro de 2010 às 23:59 0 commentsbebe e cala - dizia pessoa
escrito por Tabaleao às 16:45 1 comment
tão cedo passa tudo quanto passa
tão cedo passa tudo quanto passa!
morre tão jovem ante os deuses quanto
morre! Tudo é tão pouco!
Nada se sabe, tudo se imagina.
Circunda-te de rosas, ama, bebe
E cala. o mais é nada.
ricardo reis, in "odes"
Heterónimo de fernando pessoa
tão cedo passa tudo quanto passa!
morre tão jovem ante os deuses quanto
morre! Tudo é tão pouco!
Nada se sabe, tudo se imagina.
Circunda-te de rosas, ama, bebe
E cala. o mais é nada.
ricardo reis, in "odes"
Heterónimo de fernando pessoa
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