(escrito originalmente às três horas da madrugada, passariam apenas quatro minutos da mesma, de uma quinta-feira dia quatro de março do ano de dois mil e quatro)
hoje, fizeram-me uma declaração de amor.
inesperada, surreal, no momento certo... e no momento errado. bonita.
já tinhamos percorrido uns bons quilómetros a pé, por entre a noite. ao longe já estavam a taberna, o rapaz a tocar guitarra, os nossos amigos nas amarelas, o penedo da saudade... e, felizmente, a mentira e a desconfiança. nunca te tinha conseguido perceber. e não parávamos de discutir. tu sentias-te incompreendida e triste, com um ódio por mim que, sinceramente, eu não entendia; afinal, nunca te tinha feito nada que justificasse um ínfimo bocadinho das palavras com as quais rasgavas os sentimentos que trazias vestidos. e foi então que, no meio de gritos e desabafos, perguntei "porque é que me odeias assim?" e respondeste "porque te amo".
sem teres pedido licença, em frente ao teu prédio. estavas ali, mesmo à minha frente, uma das mais cobiçadas raparigas da faculdade. com os olhos em lágrimas e a voz presa, choraste um "porque te amo" que só em filmes se ouve e se diz. a noite calara-se. mas aquele momento ecoava ecoava eco ava a va. olhei para um lado, olhei para o outro, olhei para cima (vi a lua) e olhei para ti.
"boa noite" - sussurrei.
"2º C... para quando quiseres." - tu.
hoje, fizeram-me uma declaração de amor.
inesperada, surreal, no momento certo... e no momento errado. bonita.
já tinhamos percorrido uns bons quilómetros a pé, por entre a noite. ao longe já estavam a taberna, o rapaz a tocar guitarra, os nossos amigos nas amarelas, o penedo da saudade... e, felizmente, a mentira e a desconfiança. nunca te tinha conseguido perceber. e não parávamos de discutir. tu sentias-te incompreendida e triste, com um ódio por mim que, sinceramente, eu não entendia; afinal, nunca te tinha feito nada que justificasse um ínfimo bocadinho das palavras com as quais rasgavas os sentimentos que trazias vestidos. e foi então que, no meio de gritos e desabafos, perguntei "porque é que me odeias assim?" e respondeste "porque te amo".
sem teres pedido licença, em frente ao teu prédio. estavas ali, mesmo à minha frente, uma das mais cobiçadas raparigas da faculdade. com os olhos em lágrimas e a voz presa, choraste um "porque te amo" que só em filmes se ouve e se diz. a noite calara-se. mas aquele momento ecoava ecoava eco ava a va. olhei para um lado, olhei para o outro, olhei para cima (vi a lua) e olhei para ti.
"boa noite" - sussurrei.
"2º C... para quando quiseres." - tu.
2 comentários:
glup
um verdadeiro puro sangue
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