(escrito originalmente às seis horas e cinquenta e nove minutos - quase sete da madrugada, chiça! - de um domingo dia seeeéte de dezembro do ano de dois mil e três. um ano preferido)
...estive minutos infindáveis, debaixo do telhado da velha escola josé falcão, já era tarde, muito tarde mesmo, a noite já tinha caído à muito. chovia torrencialmente, e eu consegui encontrar-me naquele sítio, naquele bocadinho que ali estive. toquei guitarra sem parar, de repente tocava como se o instrumento fosse um prolongamento biológico de mim mesmo, a chuva aumentou (a natureza não me queria deixar partir, afinal não é todos os dias que eu toco em exclusivo para ela), e naquele instante curei-me de toda a "ressaca" de problemas que assolaram o meu dia.
toquei toquei toquei, porque é que só sôo tão perfeito quando mais ninguém está a ouvir, dei o "concerto" como se fosse um último acto desesperado, com toda o engenho e fúria e paixão, a noite envolveu-me doce bela escura e reconfortante, a chuva eram palmas...
no fim, o eterno silêncio, tirei os olhos das cordas, larguei por instantes o braço da guitarra e olhei para fora... a chuva foi diminuíndo diminuíndo, devagarinho devagarinho, até que só ficou o azul escuro daquelas horas.
aí percebi que o "concerto" não era para a natureza, ela tinha-me feito tocar para mim, e com a chuva foram as minhas inquietações, afinal a chuva lava mesmo a alma...
levantei-me. sorri. e fui embora.
...estive minutos infindáveis, debaixo do telhado da velha escola josé falcão, já era tarde, muito tarde mesmo, a noite já tinha caído à muito. chovia torrencialmente, e eu consegui encontrar-me naquele sítio, naquele bocadinho que ali estive. toquei guitarra sem parar, de repente tocava como se o instrumento fosse um prolongamento biológico de mim mesmo, a chuva aumentou (a natureza não me queria deixar partir, afinal não é todos os dias que eu toco em exclusivo para ela), e naquele instante curei-me de toda a "ressaca" de problemas que assolaram o meu dia.
toquei toquei toquei, porque é que só sôo tão perfeito quando mais ninguém está a ouvir, dei o "concerto" como se fosse um último acto desesperado, com toda o engenho e fúria e paixão, a noite envolveu-me doce bela escura e reconfortante, a chuva eram palmas...
no fim, o eterno silêncio, tirei os olhos das cordas, larguei por instantes o braço da guitarra e olhei para fora... a chuva foi diminuíndo diminuíndo, devagarinho devagarinho, até que só ficou o azul escuro daquelas horas.
aí percebi que o "concerto" não era para a natureza, ela tinha-me feito tocar para mim, e com a chuva foram as minhas inquietações, afinal a chuva lava mesmo a alma...
levantei-me. sorri. e fui embora.
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