(escrito originalmente às três horas e quarenta e cinco minutos da manhã, de um domingo dia vinte e cinco de setembro do ano de dois mil e cinco)
querer mais. e sempre mais além.
um querer maior de concretizar isso.
e ter uma consciência maior, inquieta, angustiada da falta do poder de reter, em cada bocadinho de um infinito eu cá dentro, tudo e todos, a cada momento, como pequenos grãos de areia de uma imensa praia, que conhecemos um a um e tratamos pelo nome.
uma angústia tremenda. de sermos mais e não sermos mais agora, quando vamos lá fora. quando saímos de dentro de nós, e sentimos que os outros não sabem quem somos. e o que escondemos cá dentro, e o que queremos mostrar, e o que nos aquece às vezes e o que fazemos que faça frio, a ti, a vocês! o que vos enfraquece.
querer ser mais, querer ser mais além. querer ser tudo, querer sorver tudo, querer ter noção de tudo, a consciência de tudo, o conhecimento de tudo, o poder de tudo, de antes
de agora
e para sempre! um depois tão profetizado.
e saber que não. que não somos palavra nem sentimento, que somos temporais e restritos, limitados até! e mais limitados que os outros (ainda que tal seja uma inverdade: então e porque é que não passa?). aí não há uma resignação, não pode haver. e quanto mais querer surge, e quanto mais querer cresce, e quanto mais querer queremos!... não rendidos a uma frágil existência, preferimos
não existir.
a não existência... essa... é consequência de um querer maior.
querer mais. e sempre mais além.
um querer maior de concretizar isso.
e ter uma consciência maior, inquieta, angustiada da falta do poder de reter, em cada bocadinho de um infinito eu cá dentro, tudo e todos, a cada momento, como pequenos grãos de areia de uma imensa praia, que conhecemos um a um e tratamos pelo nome.
uma angústia tremenda. de sermos mais e não sermos mais agora, quando vamos lá fora. quando saímos de dentro de nós, e sentimos que os outros não sabem quem somos. e o que escondemos cá dentro, e o que queremos mostrar, e o que nos aquece às vezes e o que fazemos que faça frio, a ti, a vocês! o que vos enfraquece.
querer ser mais, querer ser mais além. querer ser tudo, querer sorver tudo, querer ter noção de tudo, a consciência de tudo, o conhecimento de tudo, o poder de tudo, de antes
de agora
e para sempre! um depois tão profetizado.
e saber que não. que não somos palavra nem sentimento, que somos temporais e restritos, limitados até! e mais limitados que os outros (ainda que tal seja uma inverdade: então e porque é que não passa?). aí não há uma resignação, não pode haver. e quanto mais querer surge, e quanto mais querer cresce, e quanto mais querer queremos!... não rendidos a uma frágil existência, preferimos
não existir.
a não existência... essa... é consequência de um querer maior.
1 comment
olha que bom texto q'aq'i apareceu
Enviar um comentário