analfabeto
burro
triste
cansado.
...para ler depois da meia-noite
ora aqui está uma música que fala de tudo. de tristeza, de alegria, do mundo, de riqueza, de pobreza (de dinheiro e de espírito) do estado da arte, dos amigos, do amor, de tudo. arrepia até aos ossos e é cantada por uma linda mulher e um lindo homem, com as vozes mais bonitas de sempre.
é uma música preferida, esta música sempre me fez parar no tempo e mesmo agora, quando a encontrava no youtube para aqui colocar, começou a tocar e deu-me vontade de chorar e de rir e arrepiou-me e distraiu-me.
no fim de contas é uma música intemporal, que será linda para sempre. não o foi sempre só porque não existiu antes.
deificar shannon hoon seria um disparate, porque o senhor é mortal e a prova disso é que morreu em 1995.
o jogo de vozes desta música é o melhor de sempre.
a letra melhor de sempre...
o instrumental melhor de sempre.
talvez não seja, mas neste momento e em muitos momentos meus, pelo menos, é.
neste vídeo não aparece, mas no álbum esta musica começa com um som de fundo. são miados de gatos e ouve-se um homem: 'man i got the window open you hear the cats?' até gatito tem na música...
esta é uma das melhores músicas.
malkmus é frescura... também gosto dele. mas hoon é o MEU malkmus.
uma série preferida. no meu tempo, as meninas gostavam do tony danza e os meninos da alyssa milano. os meninos que não gostavam dela já naquela altura, vieram a revelar-se como extremamente homossexuais num futuro não muito distante. por outro lado, as mulheres e as raparigas nos anos oitenta tinham ar de pessoas a sério, o que é valor acrescentado. talvez isso acontecesse porque who's the boss fôra escrita por um indivíduo de seu nome bud wiser. o facto é que se hoje nos fôssemos a guiar pela televisão tenderíamos a assumir que em cada esquina há uma heidi klum ou uma mila kunis da vida com ar de rameira. pensa nisso.
a única música que coloca em cheque o mundo, e as regras que nos ditam. os únicos acordes passíveis de serem equiparados a sentimentos, a pessoas, a aspirações. a desejos, a pulsões, a egos. guerras se resolveriam após o atento escutar desta música; amores desfeitos se conjugariam novamente, sexo rapidamente se transformaria em amor. o melhor golo do mundo foi o melhor ao som disto. substituam o vosso sistema respiratório por este momento, todos os momentos da vossa vida. sintam a cadência e a serenidade, deixem-se levar pela frescura. há quem saiba tudo, mas de facto não pode saber nada depois desta música. não há convenção que resista. nem beijo que subsista, repetidamente, se nem por uma vez, uma única vez, foi delicada e saborasamente degustado com pavement.
uma coisa que estas sitcoms antigas tinham de bem bom, eram as músicas do genérico. hoje em dia não vejo muitas séries, mas duvido que haja melodias que fiquem tanto no ouvido como estas. por exemplo, quando oiço o genérico do dexter (aliás, uma série preferida) fico arrepiado e a conjugação música/imagens é a introdução perfeita: mas não a consigo reproduzir para o amigo do lado ver se a reconhece, e muito menos dei por mim a trauteá-la na fila do pão, como já aconteceu com este genérico do "family ties". sinceramente, faltam mais sha la la la's no nosso mundo.
"I bet we've been together for a million years,
And I bet we'll be together for a million more.
Oh, It's like I started breathing on the night we kissed,
And I can't remember what I ever did before.
What would we do baby, Without Us?
What would we do baby, Without Us?
And there ain't no nothing we can't love each other through.
What would we do baby, Without Us?
Sha la la la."
na verdade quando oiço esta música não é coisa que me aqueça. aparece antes um arrepio bastante frio que me faz lembrar que não volta a meninice, e de como eu era pequeno entre os braços dos meus pais, enroscado e a ver esta série. provavelmente não percebia nada, mas ria-me e era bem feliz. e aquecia-me eles terem-me lá no meio deles. o frio avança porque hoje em dia quase não estou com eles e quando estou é pouco tempo e eles já não me agarram entre os braços deles, nem temos tempo para ver uma série como o "allo allo", até porque séries destas já não se fazem, já não existem. penso que eles também envelhecem e tenho vontade de chorar porque não quero que eles morram, quero gostar muito deles e para sempre e apesar de não lhes dizer isso quero que eles sintam que sim, que isto é verdade. isto e muito mais. quem me dera voltar àquele tempo, só mais uma vez.