(escrito originalmente às seis horas e trinta minutos, de uma sexta feira dia dezanove de agosto do ano de dois mil e cinco)
é da janela do meu quarto que vos conto o mundo como eu o vejo. quem me dera que pudessem perceber o que se vê daqui, quem me dera que os meus fossem os vossos olhos, quem me dera que me compreendessem nas alturas em que não posso ou é impossível explicar a mágoa profunda e a alegria incontinente (aqui queria escrever "inconstante", como se de "conter" pudesse ser, mas não). quem me dera. é que neste momento, lá fora, está um precioso nevoeiro sebastianista a esconder o processo de amanhecer da cidade. são escassas as luzinhas que se vêem e parcas as sombras e silhuetas das poucas árvores que nos restam (tudo muito poucochinho nesta frase, principalmente o português). o orvalho lá fora humedece os carros e os passeios, os caixotes do lixo e os candeeiros, os portões e as portadas, as janelas e o sangue na calçada (um subtil e coerente toque de vermelho no acinzentado da paisagem). parece inverno lá fora, e cá dentro, no meu coração.
é da janela do meu quarto que vos conto o mundo como eu o vejo. quem me dera que pudessem perceber o que se vê daqui, quem me dera que os meus fossem os vossos olhos, quem me dera que me compreendessem nas alturas em que não posso ou é impossível explicar a mágoa profunda e a alegria incontinente (aqui queria escrever "inconstante", como se de "conter" pudesse ser, mas não). quem me dera. é que neste momento, lá fora, está um precioso nevoeiro sebastianista a esconder o processo de amanhecer da cidade. são escassas as luzinhas que se vêem e parcas as sombras e silhuetas das poucas árvores que nos restam (tudo muito poucochinho nesta frase, principalmente o português). o orvalho lá fora humedece os carros e os passeios, os caixotes do lixo e os candeeiros, os portões e as portadas, as janelas e o sangue na calçada (um subtil e coerente toque de vermelho no acinzentado da paisagem). parece inverno lá fora, e cá dentro, no meu coração.
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