hoje comprei a última edição do "24 horas". durante muitos anos foi o meu jornal de eleição: não porque apreciasse especialmente a qualidade da escrita ou o teor das notícias, mas essencialmente porque era o jornal que havia no café rubyana.
(café onde passei provavelmente metade da minha vida adulta e à qual se devem, à vontadinha, três quartos do tempo total de felicidade que usufruí até hoje)
como não teriam sido as nossas tardes e noites tão mais diferentes se não tivéssemos uma crónica do paneleiro castro (desculpem-me o esquecimento do nome mas o calor dá-me preguiça de ir ao google e assim sei que percebem logo de quem se trata); quão mais insossas não seriam as nossas vivências sem o conhecimento exacto e factual das peripécias da vida do josé castelo branco; e certamente hoje não seríamos os mesmos, sem a noção de que todos os dias alguém mata alguém em portugal através de machadada no peito.
foi durante uma merecida e restabelecedora urinadela (isto não é um tasco) que me passaram estas ideias pela cabeça. e antes que ela terminasse, resolvi prestar ao jornal a minha mais sincera homenagem: deixando-o cair na sentina, urinei-lhe até (voltar a) ser uma massa una e indivisível. cara literatura de merda: da merda vieste e à merda retornaste.
(café onde passei provavelmente metade da minha vida adulta e à qual se devem, à vontadinha, três quartos do tempo total de felicidade que usufruí até hoje)
como não teriam sido as nossas tardes e noites tão mais diferentes se não tivéssemos uma crónica do paneleiro castro (desculpem-me o esquecimento do nome mas o calor dá-me preguiça de ir ao google e assim sei que percebem logo de quem se trata); quão mais insossas não seriam as nossas vivências sem o conhecimento exacto e factual das peripécias da vida do josé castelo branco; e certamente hoje não seríamos os mesmos, sem a noção de que todos os dias alguém mata alguém em portugal através de machadada no peito.
foi durante uma merecida e restabelecedora urinadela (isto não é um tasco) que me passaram estas ideias pela cabeça. e antes que ela terminasse, resolvi prestar ao jornal a minha mais sincera homenagem: deixando-o cair na sentina, urinei-lhe até (voltar a) ser uma massa una e indivisível. cara literatura de merda: da merda vieste e à merda retornaste.
2 comentários:
sentina
local que recebe dejectos humanos e foco de degradação social e lugar de vícios e torpezas e
atenção:
«o auto de fé público geral tornava-se o lugar de uma catarse colectiva, onde a sociedade apresentava-se una e indivisível, física e espiritualmente projectada num só corpo, para celebrar o "triunfo da fé" - a coesão obtida pela repressão e pelo expurgo espectacular dos que se mostravam refratários à própria assimilação nessa totalidade "boa"»
sentina
nesse lugar solitário
onde a verdade se apaga
todo o covarde faz força
todo o valente se caga
também comprei a última edição
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